Renascer das cinzas

11:27


Dou comigo a pensar em ti. Outra vez. Estou a andar às voltas. Já não vejo a tua cara nem ouço a tua voz há dois anos. Deixa-me triste pensar que me abandonaste. Deixaste-me para trás. A mim e a todos aqueles que adoraram. Sim, eles talvez te adoraram, mas eu adoro-te. Acho que nunca vou conseguir parar de o fazer. Apesar de tudo o que fizeste e o quanto me prejudicaste, eu continuo a adorar-te. A tua voz está quase esquecida. Tento lembrar-me dela todos os dias para não a esquecer. Mas dói. Magoa. As memórias que passámos juntos estão agora guardadas, e agora eu apercebo-me que nunca se vão tornar realidade outra vez. Quero ver-te. Quero abraçar-te. Quero ouvir a tua voz. Outra vez e outra vez. Será que sentes a minha falta? Ou será que já me esqueces-te? Quem me dera voltar atrás no tempo e dizer tudo o que não te disse. Quem me dera que viesses até mim e que me abraçasses. Ficarás sempre na minha memória, e isso magoa. Lembrar-me de ti magoa-me. Quem me dera que voltasses. Quem me dera que ainda gostasses de mim, e que te preocupasses comigo. Porque se o fizesses, estarias aqui. Perto de mim. Perto das pessoas que abandonaste. Tenho saudades de como eu era contigo. Tenho a certeza que se te visse daqui a uns dez anos, o meu batimento cardíaco iria aumentar exactamente da mesma maneira que batia há uns anos atrás. A despedida que nunca aconteceu é umas das piores partes, senão a pior. Nem pensaste em mim o suficiente para te despedires. Ficou tanta coisa por dizer. Mas fica aqui. Eu amo-te. Porque nada nem ninguém me deixa mais feliz e nada me deixa mais triste que tu. Serás sempre o meu preferido "E se?". 

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