Desculpas-me?
Desculpa-me por todas as vezes que te fiz chorar, todas as vezes que disse que não te
amava e que não me importava contigo, desculpa-me por não ser a pessoa que tu
sempre sonhaste. Eu não queria sentir ciúmes, não
queria sentir-me insegura em relação ao que tu sentes por mim, mas
sabes… quando amamos alguém e essa pessoa se torna tudo para ti, não
queremos perdê-la por nada, porque é ela que nos move, é ela que nos dá força
para continuar a sorrir. Tu és parte de mim e eu acho que sou parte de ti
ainda, não deixes que as minhas
lágrimas sejam em vão, não me deixes sofrer mais do que já estou a sofrer, não
me deixes parar de sorrir. O amor mostrou-me muitas coisas e uma é que tu não
podes tentar evitá-lo porque se tu tentares, ele vai provar-te que é mais forte
que tu e vai derrubar-te, e não importa o quanto tu és forte, tu não vais
conseguir levantar-te. Desculpa-me
por não ser a rapariga perfeita que tu achaste que eu era.
Eu gosto
de escrever sobre tudo o que me vem à cabeça: amor, corações-partidos,
tristeza, alegria, vida, mas acho que o que mais gosto de escrever e que
escrevo com mais frequência é sobre todos os sentimentos possíveis e
impossíveis. A maioria das vezes quando sinto dor, escrevo uma música, escrevo
com o coração e a dor serve como inspiração. Não há quem acredite nisto, mas há
quem o faça. Odeio quando gozam por o fazer, se é a minha maneira de me
exprimir, deixem-me estar, se não estou a incomodar, não há problema. Não há
quem consiga manter os dois pés ao mesmo tempo no chão, como eu, por vezes. Ás
vezes, os pés levantam-se e não os consigo controlar. Só queria que me
percebessem, de alguma maneira. Possível ou impossível, não interessa. Desde
que seja o que eu espero que seja, e nada
mais.