Revolta número trezentos e vinte e dois

22:43


Por enquanto estou sá a tentar esquecer-te, não estou triste nem alegre, mas sinto a tua falta, todos os dias, todas as horas, não estou a chorar, nem a sorrir, não sei se quero morrer ou continuar a viver sem ti, por enquanto só estou a tentar esquecer-te. Dificil ou não, tenho de me aguentar, pois só assim vou conseguir ver o que eu sou capaz. De lutar. De alcançar. De controlar. Vou conseguir viver bem, talvez melhor ainda do que estava. É a vida. É horrivel, e não presta para nada, mas é a vida. Sei que tu sabes que eu sei que aí pelo meio, há um coração arrependido. Gostava que voltasses para casa. Gostava que estivesses perto. Depois da tempestade, eu estarei aqui. Não por muito tempo. Não sei se ainda gosto de ti, ou se não quero saber de ti. Se estarei a lixar-me para ti, ou se te darei um abrigo num dia de tempestade. Da próxima vez que quiseres chorar no meu ombro, eu logo virei o que fazer; se permitirei, ou se te diga adeus. Mas tu foste mau para mim, traíste-te sem haver traição no meio. Fizeste chorar toda a noite, todo o dia, tudo só por causa de ti. Tudo me correu mal: testes, concentração escolar, o ambiente em casa. Estou farta. Só queria que sentisses o que eu senti. Só queria que tu soubesses de quanto papel e lenços eu gastei só por andar a chorar pelos cantos. Só queria que sentisses na pele o que eu senti. Só queria que me deixasses em paz. Só queria que me deixasses viver a minha vida em paz e sossego. Sem olhos nem bocas. Cala-te. Pensei que fosses alguém. Adeus a ninguém.

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