Darkness with cold

20:14


AVISO: este texto é isso mesmo, um texto. Este blog não é um diário meu onde eu vou falar da minha vida em particular, mas sim um local onde eu vou deixando pequenos textos elaborados por mim. É obvio que, apesar de não ser directamente sobre a minha vida, esta tem muita influência sobre aquilo que escrevo.

A escuridão da noite. A lua brilha de forma suave, parcialmente oculta por uma cortina de fumo que são as nuvens pouco densas que habitam o céu, como os fantasmas que habitam os meus pesadelos e que atormentam o meu sono, sendo esse o modo de funcionamento das nuvens ao impedir as estrelas de mostram a cara nesta noite frio que me engloba. E é nesta escuridão que a pouca luz da lua ilumina a fraca neblina rasteira, que cobre a superfície da terra, tocando nela de uma forma suave e carinhosa, envolvendo os pinheiros a minha volta num abraço tenro, mas gelado, como se da própria Morte se trata.
No meio desta neblina fraca, rodeado de escuridão estou eu, sentindo os dedos gelados do Vento Norte a lutar com o meu casaco, tentando encher o meu coração com o mesmo frio com que ele enche as casas no Inverno.
Percorrendo eu essa gelado floresta, ando em busca, procurando a eterna luz que me falta na vida e que deixo de iluminar os meus dias, dias que cada vez parecem mais escuros. E depois de algum tempo tenho que parar, pois alem do resto, ainda mais um problema para acrescentar aos diversos que já tenho. Estou perdido. Simplesmente não vejo o caminho. Parado nesta bruma, já a entrar em pânico, surge um pensamento lá bem do fundo do coração. Eu estou a procurar a luz no sítio errado. Ela não esta oculta numa floresta escura onde qualquer um se pode perder. Mas sim, num local ainda mas escondido, e mais difícil de encontrar, onde apenas uma pessoa se pode perder. 

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